Minas Novas




História de Minas Novas

Os primeiros brancos a chegar à região, onde é hoje o município, foram os bandeirantes paulistas, chefiados por Sebastião Leme do Prado, por volta de 1727. Vinham eles fugindo de uma epidemia, que os dizimava no Rio Manso, distrito de Diamantina, e, acompanhando a margem de um córrego, aí teriam achado com facilidade, ouro e diamantes; consideraram a aventura de boa sorte, daí surgiu o nome de Bonsucesso para o córrego. Três anos depois, em 1930, já uma pequena povoação se erguia no local e, de tal importância era o sítio, que o vice-rei do Brasil, Vasco Fernandes César de Menezes, a elevou à categoria de vila com o nome de Nossa Senhora do Bom Sucesso da Minas de Fanado.

Dada a riqueza das minas de ouro e diamantes no local, elementos vindos até mesmo da metrópole portuguesa aí se fixaram, dando ao modesto povoado um ritmo crescente, o que determinou sua elevação à categoria de cidade em 9 de março de 1840 com a determinação de Minas Novas, e freguesia de São Pedro do Fanado. Nessa época, fazia o município parte da administração da Capitania de Porto Seguro da Bahia, só vindo mais tarde a incorporar-se à Comarca de Serro Frio, da Capitania de Minas Gerais.

Muitos dos municípios vizinhos já integraram, no princípio de seu desenvolvimento, o território de Minas Novas; podem ser citados neste caso, os de Teófilo Otoni, Araçuaí, Itamarandiba, Capelinha e Turmalina. No meado do século XVIII, era tal o progresso e a importância econômica da cidade – cerca de 200 arrobas de ouro haviam sido apanhadas as margens do Bonsucesso – que chegou a se falar na indicação de Minas Novas para capital da capitania. Um projeto de lei chegou a ser elaborado na Assembléia Nacional, a respeito dessa mudança, ignorando as razões políticas, que o teriam impedido.
A construção da Estrada de Ferro Bahia-Minas Gerais, no final do Século XIX, trouxe uma nova alternativa de crescimento. Como o ramal Filadélfia-Minas Novas não foi executado, a região ficou na dependência das estações de Teófilo Otoni e de Diamantina (esta da Estrada de Ferro Central do Brasil) para escoar seus produtos agropecuários, entre os quais se destacavam os de origem bovina, o açúcar, o algodão, o toucinho e a aguardente.
Gentílico: minas-novense ou fanadeiros

O município fica no Alto Jequitinhonha, o município é constituído de 5 distritos: Minas Novas, Baixa Quente, Cruzinha, Lagoa Grande de Minas Novas e Ribeirão da Folha.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.


Arquitetura Histórica

Incluído no Atlas dos Monumentos Históricos e Artísticos de Minas Gerais o município de Minas Novas apresenta considerável acervo arquitetônico. Despertam interesse as edificações das Capelas de São Gonçalo e São José. A primeira e mais antiga da cidade assemelha-se às capelas dos morros de Ouro Preto. A segunda é a única de forma exagonal do Brasil. Além desses templos merecem ser vistas as igrejas de São Francisco, de Nossa Senhora do Amparo e de Nossa Senhora do Rosário. Na Matriz da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, encontram-se entre outras preciosidades o acervo de faias em pratarias, além das imagens de São Francisco e os Santos de Roca, Nossa Senhora do Terço, entre outras. Nos dias de festa em Minas Novas, todo um passado mineiro é relembrado. A Igreja do Rosário tansforma-se num autêntico museu, onde é exposto todo o acervo profano e sacro do município.

O sobradão, também tombado pelo Patrimônio, é outra opção. Edificado no período colonial, trata-se da mais alta construção dessa época. Sua estrutura é constituída por enormes mourões de madeira, amarrada por grossas tiras de couro cru.

Na parte mais alta da cidade fica o toco da Forca, local onde se executavam os sentenciados.

Embora não seja natural de Minas Novas, Tiradentes faz parte da história da cidade. Foi aí, que pela primeira vez o herói da Inconfidência se insurgiu contra as atrocidades da época, quando com um soco derrubou um condutor de escravos, que torturava os negros.

Hino de Minas Novas

Pedro Anísio Maia


Minas Novas uníssono brado
Reboou entre a gente altaneira
E a conquista do nosso eldorado
Põe-se em marcha luzida bandeira
Sob os pés dos primeiros entrantes
O sertão em clareira se abria...
Desfolharam-se auroras radiantes...
Longas noites na selva bravia
Nenhum astro reluz na espessura
E o caminho se entolha de fráguas
Penedias, escarças da altura
Grandes rios despenham as águas.
As jornadas heróicas e rudes
Vencem fome, cansaço ou a morte
A nação vai forjando as virtudes
De uma raça titânica e forte.
E o estrelário do azul se descerra
Para o nosso ideal sobre-humano
Constelar de áureas gêmeas a terra
Como um céu refletido no oceano
Recompõe-se o painel do passado
Sementeiras de luz sobre o anil...
Minas Novas! É o sol altanado
Douro os claros heróis do Brasil


Como chegar a Minas Novas

Vindo de Belo Horizonte, de automóvel, tomar a BR 040, sentido Brasília, para em seguida trafegar a BR 135, para Curvelo. Depois, pela BR 259, no sentido Diamantina para finalmente entrar na BR 367 até Minas Novas.